30 maio 2009

Já conheço as pessoas certas

http://02neuronio.zip.net/arch2009-05-24_2009-05-30.html

A Beta chegou em casa dizendo que tinha lido um post da Nina Lemos no O2 Neurônio que era a minha cara.
Eu adoro a Nina e ela é do meu mundo.
Explico: corta cabelo no mesmo lugar do que eu, não curte festas de grife, vai ao Studio SP desde quando era aqui na Vila e sabe escrever um bom texto.
Então não preciso fazer um esforço extra.

O lance é que ler esse texto dá um certo alívio.
Muitas vezes tenho a tendência a me achar preconceituosa. Mas, não! Nina me alertou.
É normal minha dificuldade em ter afinidades com pessoas que moram com os pais, ou ainda, que moram no Morumbi, aqui em SP, ou na Barra da Tijuca, no Rio. Simplesmente não se tem assunto.
E Nina me deixou melhor: isso não é preconceito, é afinidade.
Não é que eu não goste de gente rica. Até gosto.
O lance é que prefiro gente rica que faz escolhas mais legais.
Não é que eu não goste de grife ou de festas com "artistas".
Não gosto da "festa" da grife e nem de "artista" ou "celebridade" que não faz arte alguma, ou seja, é considerado artista porque aparece na TV.
Gosto de festinhas pequenas e legais.
Aqui em São Paulo, por exemplo, já tenho o meu roteiro e grupo de amigos sensacionais.
Já falei pro meu namorado: odeio festa a fantasia, da peruca, do rock, ou do que for.
Pode ir sozinho ou com amigos.
Obrigada Beta. Obrigada Nina.
Me sinto melhor depois desse post.

18 maio 2009

a boa filha a casa torna

Depois de três noites e quatro dias, Kate voltou.
Eis que toca meu telefone e eu saio exasperada até o boteco em que "Sérgio" tomava uma Skol e disse:
"Sua gata está lá na minha oficina."
Corremos até lá e eis que adentrando o recinto já ouço um miado estridente.
Ele ascende a luz e kate surge com uma cara do tipo: "Por que tu demorou tanto?"
Toda suja de graxa e com um budum desgraçado, a felina era pura ansiedade ao chegar em casa: ora miava, ora comia, ora fazia cocô na caixinha.
Tipo, era muita saudade de casa naquele corpo.
Depois ela dormiu no meu colo e eu deitei ela do lado do seu leão de pelúcia.
Eita canseira, hein Kate?

17 maio 2009

Enquanto escrevo


Sim. Sou uma pessoa que aprecia o estar sozinha.
Da mesma forma que sinto compaixão por aqueles que mesmo em companhia de alguém ou de muitos vivem na mais profunda solidão.
Eu gosto de gatos e de xícaras grandes de chá ao meu lado enquanto escrevo.

Gosto de pensar que a Kate é como eu. Uma gata sem medo de nada.
Que anda pela cidade a qualquer hora.
Kate não tem "medinho" de São Paulo.
Ela tem passos largos. Tem ousadia em seus saltos.
Gosta do desconhecido porque sabe que só sabemos até onde podemos ir se formos.
Kate não está interessada em tirar um monte de fotos e fingir intimidade com qualquer um que lhe apareça na frente.
Porque ela sabe que intimidade ela tem com quem reconhece de longe.
Kate não quer fingir ter uma vida feliz. Ela está feliz ou não.
E quando acha a vida meio monótona ela resolve mudar e...
vai dar seus saltos por aí.
Se ela não cria raízes?
Sim, as cria.
Raízes não exigem de ninguém que este finque seus pés no mesmo lugar.
Nem as raízes são estáticas, ou seguem seu caminho em linha reta.
Não posso cobrar que Kate aja de maneira correta na vida.
Ou, ainda, que ela faça sempre a coisa certa.
Não. Sou imperfeita demais para exigir uma coisa dessas.
Kate é corajosa. E por pior que sejam as infelicidades que enfrente mundo afora, ela foi, e é uma das criaturas mais fantásticas que conheço.
E apesar de saber de tudo isso. Quero ela de volta a cada minuto.
A cada virada de chave quando chego em casa.
A cada vez que não preciso limpar sua caixa ou colocar comida para ela.
Eu quero ela de volta quando vou dormir e também miando às cinco da manhã, suplicando para entrar no quarto.
Quero ela de volta, aqui comigo, enquanto escrevo.

WANTED




09 maio 2009

La Raison Baroque


O real não se dá como um fato acabado, um sentido, uma forma plena,

um horizonte de objetos: ele é feito de ausências,

tal qual um hieróglifo que pede para ser decifrado.

05 maio 2009

CALIGRAFIA na Choque Cultural



Te levanta dessa cama, desse sofá. Do que for.

Tem arte te chamando.

Sai da frente desse computador! Já faz algum tempo que ele não te traz amor ou felicidade!

Vai dar uma olhada porque tem gente criando, produzindo e acreditando no que faz. E o melhor, fazendo bem feito. Quem sabe tu te inspira?

Não a fazer arte. Isso é para poucos. A fazer qualquer coisa produtiva da vida além de trabalhar para pagar as contas.

A exposição Caligrafia é um tributo da Choque Cultural a todas as letras de todas as línguas impressas, manuscritas, desenhadas, pintadas, esculpidas, fotografadas, clássicas, modernas, contemporâneas, populares, eruditas ou experimentais.

Vai até dia 27 de junho. Porém, vai agora. Se deixar para junho nós sabemos que não irá.

02 maio 2009

dependências tecnológicas

Perdi a bateria do meu celular.
O Rodrigo tá em Juquehy e ficou tentando me ligar 469 vezes.
Ok,eu faria a mesma coisa.
A Beta e o Caco tem um sono semelhante, ou melhor, uma insôna semelhante: dormem pouquíssimo, de forma picada e ainda conseguem ficar muito alegres.
Vouter que me casar com alguém que, como eu, durma muito, 8 a 10horas seguidas, sem interrupções, e só consiga ser feliz dessa forma...
Talvez o Rô. Porém, my love tá na praia, puto da vida, e com razão, porque liga e cai na caixa. Existe coisa mais irritante?
Ok.
Vou levantar.
Embora minha vontade fosse dormir mias umas 3 horas no mínimo.
Comprar outra bateria.
Porém, primeiro vou na academia.
Isso o Rô entende.