30 janeiro 2010

O jornalista e sua dolce vita

Por favor, pára tudo.
Quem foi que disse que o jornalista tem uma profissão ingrata?
Que ele ganha mal, até aí, qualquer profissão tem suas dificuldades.
Agora vamos combinar que ter o dom de saber contar bem uma história, seja ela qual for e de onde for, pode nos levar a lugares inimagináveis.
Caco está aí e não me deixa mentir:

http://juntaroscacos.blogspot.com/2010/01/speechless.html

E eu vou dizer que também não tenho do que reclamar:










Temos que tirar fotos, porque se a gente conta o povo não acredita.
Eu sei que pai pobre é destino, mas marido pobre é burrice. O problema é que sou uma eterna romântica. Achei melhor me garantir na ingrata profissão de jornalista.

28 janeiro 2010

Sonhei contigo ontem

Sabe quando a gente sonha que tá transando com uma pessoa e é algo MUITO real.
Pois é. No outro dia fica aquela sensação estranha tipo: devo ligar? mandar SMS?
Pior quando é uma pessoa do teu convívio diário e vocês se cruzam.
Se pega o elevador junto, fudeu.
Daí já rola aquele oi com um sorrisinho de cumplicidade (só da tua parte, que fique claro).
Mas a vida segue em frente. Temos coisas pra fazer. E fazemos.
O problema é que aquele sonho tão legítimo não sai da tua cabeça.
Às vezes a criatura nem é tudo isso, e agora eu vou dizer: o pior é quando é.
Daí, desiste.
O ser vai te atormentar a cada frase digitada, a cada passo na calçada, a cada chuva de fim de tarde.
E, ainda ontem, um amigo tirava onda de minha terapia Junguiana.
"Quer dizer que você fica contando o que sonhou e ainda paga por isso."
Pago. E vale a pena.
Só qem sonha sabe o que um sonho é capaz de fazer.

22 janeiro 2010

artistas que fazem sorrir

Eu estive na abertura da Exposição De dentro pra fora de fora pra dentro no Masp aqui em São Paulo. Mas aconselho a todos que fizeram a mesma coisa a irem de novo e olhar com mais calma.
Aperfeiçoar o olhar numa das exposições mais belas que essa cidade já teve.
Eu gosto muito, muito mesmo, de todos os artistas que participam dela.
Porém, tem um que me faz sorrir sem que eu perceba.
Daniel Melim é um deles.
Devidamente inspirado na pop art de Roy Lichtenstein e Andy Warhol, Daniel arrebenta.
Já escolhi o quadro que quero dele na Choque Cultural.
Embora um seja pouco, já é um começo para uma fã.
Parabéns, Daniel e a todos os artistas dessa exposição.
E para quem ainda não foi, por favor, é um dever.
Algo que, assim como os Gêmeos, entrará para a história da arte de São Paulo, do Brasil, e por que não do mundo.
Afinal esses caras já estão arrebentando lá fora. :)

17 janeiro 2010

milágrimas

depois de me lavar chorando no cinema.
volto pra casa com a intenção de correr.
a chuva me impede e me lavo chorando com um filme na HBO...

detalhe: um filme mais óbvio que o outro.
detalhe 2: eu não estou na TPM

com isso, dou por encerrado o meu domingo.
chega, vou dormir.
o dia começa cedo amanhã.

15 janeiro 2010

Casa comigo?

Escrever dói.
Mas dói menos do que falar.
Pelo menos para os homens.
Homem não gosta de falar, de relembrar, de perguntar.
A mulher fala porque não se importa tanto com a dor.
O homem não consegue dizer: fica comigo porque eu te amo.
Ele diz: Por que você quer acabar se o nosso sexo é tão bom?
A mulher diz: fica comigo porque eu te amo!
E o homem entende que ela quer transar.

A mulher não perdoa o homem amar outra. Não consegue viver só de sexo.
O homem não perdoa a mulher transar com outro. Não consegue viver só de amor.

- Casa comigo?
- Por quê?
- Porque eu quero comer você todos os dias da minha vida.
- Você nem me conhece.
- Eu te desejo.
- Eu sou uma péssima esposa.
- Já tive boas esposas. Quero variar.
- Eu amo outra pessoa.
- Isso é questão de tempo.

12 janeiro 2010

folga forçada de janeiro


Se você, como eu, anda tendo folgas forçadas. Típicas do mês de janeiro.

Antes de ir beber todas na Mercearia, vai lá no Luxo, antigo Lux.

Ali na Aspicuelta, 193, a Ciça pode fazer com que tudo fique melhor na sua cabeça, inclusive nas suas sombrancelhas.

Novidade na Era do Aquecimento Global: O Lux (vou continuar chamando de Lux pra sempre) agora tem ar-condicionado.
Super fresquinho, eu não queria mais sair lá de dentro: fiz mãos, pés, sombrancelhas e dei uma boa desfiada nos fios - o típico barba, cabelo e bigode dos homens.
Ah, ela atende homens também. E muitos.
Sem dúvida, Ciça é uma das pessoas com maior habilidade com as tesouras daqui de São Paulo.


Vai lá.

02 janeiro 2010

pedaços reunidos

Toda vez é assim.
Tudo o que eu planejo dá errado e o o que se segue é muito melhor.
Os melhores convidados continuam sendo os penetras
E os melhores bares são os que estão quase fechando.
Os melhores encontros são aqueles já esquecidos.
E os melhores convites são os inusitados.

Só que a existência é isso: a gente faz um monte de planos, vai dormir, acorda e o mundo trata de adulterar tudo.
Eu não estranho mais.
E faço um brinde às mudanças.

Minha diversão está nos pequenos lapsos de felicidade aguda que eu nunca consigo identificar quando em erupção. Somente algumas horas depois quando a boca insiste em mostrar os dentes e os olhos permanecem abertos no escuro do quarto, agora vazio.

Talvez minha ansiedade seja tamanha que eu não consiga identificar o gozo quando ele de fato acontece.

Meu deleite tarda.
É quando eu me perco de mim.

Toda aquela movimentação ao meu redor, da qual também participo para me inserir no novo plano que até então não fazia parte da minha vida.

muda o cenário.
o figurino.
os atores.
os figurantes.
a locação.
muda o jardim?
Muda tudo e eu esqueço.

Porque uma coisa chama muito mais a minha atenção do que essa constante instabilidade que eu piloto como ninguém.
A questão é: eu voltei.
Talvez já faça algum tempo e só agora pude me perceber inteira.
E sendo assim, as mudanças não fazem a menor diferença.
Que continuem belas ou atravessem mares tristes.
Nada importa.

Agora eu sei que é preciso morrer por inteiro para conseguir voltar a ser o que se foi um dia.
E que essa angustia de que tudo escape, na verdade, é a coisa mais plena que existe.