13 agosto 2013

Mulher alterada? Presente. (( 4 meses ))



Ok, Maitena sempre exagera. Não é bem assim.
Ninguém aqui quer ser sustentada ou quer uma velhice rodeada de netos...

Mas me confesso alterada. No bom e no mau sentido. Mulher difícil, chata nas horas vagas...

Sempre quis, e assumi, trabalhar, namorar, casar, ser magra e não ter celulite...

E os homens?

O casamento para o homem, disse uma vez Mario Prata, significa botar uma mulher dentro de casa. 
E, depois, sair pra rua.
Só que ela precisa estar lá quando o cara voltar, de preferência sem questionar por que ele saiu em vez de se contentar com tudo o que ela tem a oferecer.

Por que prefiro ser a chata?
Melhor fazer essa pergunta ao ex-marido da Amélia, aquela dedicada que ele abandonou em troca de outra, cheia de exigências.

E depois, de mulher boazinha o mercado tá cheio.


06 agosto 2013

A culpa é de quem? (( quase 4 meses ))

Uma inesgotável sensação de culpa se coloca entre mim e a visão de mundo todos os dias.
Como seria se livrar da culpa?


Culpa por não falar mais com aquele amigo que eu adoro, por não pagar contas em dia, por beber quando não deveria, por não participar de festas de família. A lista é interminável.

Prefiro diariamente me sentir culpada a aceitar que, no grande esquema do Universo, não sou só eu quem comanda o show.

Resolvi, portanto, não aceitar mais culpa ou crédito. Devo tudo ao acaso.
Segundo especialistas, em probabilidades, a chance de algo acontecer em certo tempo é astronômica.

Minha presença aqui, agora, é uma fortuna inesperada, uma aposta, um acidente fortuito.

Surpresas à parte, agradeço de verdade a meus amigos. Esses sim são os guardiões da minha identidade.
Quando eles respondem minhas mensagens, ou retornam minhas ligações, provam que minha existência não é pura imaginação.

Sendo assim, nada como saborear a passagem do tempo. É um sofrimento tão doce.

Desfrutar o momento - aproveitar o dia - e depois deixar que ele se vá.

02 agosto 2013

Voltei, amor (( 3 meses e meio ))

Vivenciar é saturar uma experiência.
Dessa forma, não tem jeito. Essa vai ser a sua pauta até a experiência acabar.

Algumas experiências são únicas.
A que vivo no momento me deixa plena. Eu me basto.
Às vezes, penso: "Não quero fazer isso porque estou muito cansada."
Mentira.
Todos os eventos que desmarquei à noite, eu desmarquei porque eu me basto. Me basto em casa com meus livros e sites.
Me basto com minhas dúvidas e loucuras de primeira viagem.

E o pior!!! Até o marido fica de fora.
Não é por mal.
Estou inteira.

Os conselhos todos ficam de fora...
É difícil dizer isso no momento da vida em que mais recebo conselhos. Zzzzzzz.

Li isso num blog e adorei:

"Escutar ou ler algo é apenas escutar ou ler.
Não é aprendizado real.
Aprendizado real vem de cometer erros.
E erros acontecem quando tentamos."

Pode deixar que eu vou cometer meus erros sozinha. Um dos melhores conselhos que já ouvi na vida foi: "Não siga os conselhos de ninguém!"
Nunca tive o sonho de engravidar e ser o centro das atenções! Família certinha e filhos? Não.

Mas sempre quis namorar, casar. Confesso. Acho a vida em casal muito mais bacana.
Gosto de cumplicidade, carinho, beijo na boca...
E agora? Agora me deparei gostando do meu estado em si. E só.

Veja bem, meu bem...

Minha médica disse: "Esquece, os homens não entendem o que é estar entupida de hormônios."
Perdão, amor, tentarei melhorar. Olhar mais pra frente que pra baixo. Assumir que mais do que qualquer sentimento materno, eu sou mulher, e do que gosto mesmo é de dividir as gargalhadas, brigas e todo o mais.

Eu quero amor pra vida toda. Dividir com alguém aquilo que eu acredito ser o que vale a pena de verdade.
O mais legal é que olho em volta e confirmo que essas coisas não estão nas prateleiras das lojas. Não estão na dieta da moda. Não estão na viagem dos sonhos.
Elas são passadas com quem se ama.
Voltei, amor. Estou aqui de corpo e barriga presente.