24 novembro 2011

Esqueça o próprio nome

Eu medito há dois anos e a meditação mudou minha vida sim.
Hoje eu não tenho mais insônia e controlo minha vida muito mais do que antes.
A meditação te dá aquela sensação de pegar a vida com a mão e fazer dela o que você quer mesmo fazer.
E só isso.
A meditação não te limita.

Pois bem, fui no TEDxDaLuz esse fim de semana e consegui uma nova técnica de relaxamento que nunca tinha usado: "Ao fechar os olhos e não pensar em nada, sinta como se você não tivesse nome".
Gente! Isso é libertador demais. Quantas coisas (inúteis) associamos ao fato de termos um nome?
Muitas.
Não ter um nome é realmente não se importar. É muito: "E daí?"
O nome nos mantém muito presos.
Então, a partir de domingo comecei a usar a "nova técnica", e relaxar infinitamente mais.
Já entrei, algumas poucas vezes, em transe de verdade.Quero dizer: tive consciência de não estar consciente. E é maravilhoso.
Mas na última madrugada aconteceu algo surpreendente: eu saí do corpo.
Não, eu não enlouqueci. Saí do corpo de verdade.
E também não usei drogas. Bebi uma taça de vinho e só.
E eis que depois de 30 minutos de meditação, comecei a sentir meu corpo pesado. Queria me mexer e não conseguia, ou melhor, meu corpo estava tão pesado e imóvel que flutuava.
Oi?
Ai, sei lá, mas consciente disso, comecei a flutuar mesmo, aproveitar o relaxamento. Fui até o teto.
Depois, pensei, quero ficar em cima da casa. Vou tomar impulso e atravessar o teto, o quarto de cima e vou ficar flutuando a céu aberto, que é infinitamente melhor, não?
Consegui passar o teto, mas depois do telhado, perdi a consciência de estar flutuando.
E foi uma das sensações mais foda que já me aconteceu.
Que tal esquecer que você tem um nome?

18 novembro 2011

onde e quando?

Houve um tempo que todos os acordes de jazz combinavam.
Houve um tempo que esperei, esperei, e só quando disse: "é meu e pronto", as coisas aconteceram.

Fui por um lado, fui por outro e, posso dizer?
É difícil mesmo, depois da bagunça, as coisas assentarem.
Não sou o senso comum, e digo, infelizmente.

O básico, que deixa feliz a todos (feliz?), a mim não convence.
Faz tempo que minha vida é roteiro de filme.
Só muda o diretor.

E Bergman já me abandonou faz tempo. Woody insiste em ficar.

03 novembro 2011

Amor?

Amor é esperar o cimento secar.
Amor é perdoar, encontrar motivos para ficar juntos todos os dias.
Amor é querer voltar mais cedo para casa, é a preferência.
Amor é investimento, é a crença de que vale a pena.
O amor acaba?
Não. O que acaba é a vontade. Não se deixa de amar. Desiste-se.