09 dezembro 2011

Listras de verão parte II


"Desperta-me, Senhor! Sopra-me palavras inéditas, inspira-me com lampejos e intuições. Tira-me do sério, dos trilhos, da forma. Dá-me sobressaltos e suspiros, desvarios e fome. Dá-me plena posse de mim mesma, para o bem e para o mal."

Amém.

(via Hilda Lucas)

06 dezembro 2011

o cinema, a psicanálise e a teoria do espelho

Sonho
Sonhamos pra não acordar.
O sonho tem a mesma função do cinema, onde encontramos e perdemos a realidade o tempo inteiro.

Espelhos
Somos todos espelhos uns dos outros.
Sabe quando a criança bate no amigo e corre pra mãe dizendo que apanhou?
É isso. Quando bato no ourtro, na verdade bato em mim mesmo.
Eu sou o outro.
Atraímos espelhos o tempo inteiro.
1º você ri do outro
2º se reconhece no outro
3º não sei mais quem eu não sou

Psicanálise
A psicanálise só existe se você puder falar livremente, fazendo as associações que quiser, sem preconceitos ou críticas.
A psicanálise não ENTENDE porra nenhuma. Ela escuta, compreende e conclui.
Entendeu?
Errou.
Entender é perder.
Você precisa mais ou menos acompanhar.
O que define a sessão é a lógica interna. A cronologia do tempo não existe.
Como um filme bom, que dura três horas e não se percebe.
Ou um filme ruim, que dura 15 minutos e você dorme.

Falar
Por que ao falar a gente se nega o tempo inteiro?

A vida não é filme?
As coisas não se validam na vida porque falta trilha. Não compreendemos porque falta a música.
No cinema, a música dá significado à cena. O diretor tira a trilha quando quer confundir ou apresentar diferentes significados a uma cena. Na vida, a música só vem depois, porque não importa o que aconteça, quem dá o real significado para as coisas somos nós mesmos.