Minha vida se tornou um chegar e partir.
Um quê de pôr-do-sol, ainda que não seja o do Guaíba, que me deixa sonolenta e com ares orientais.
Embora eu assim sempre a desejasse, sinto um cansaço forasteiro.
Supunha não alcançasse. Estou aqui. Bem atrás. Logo atrás.
E tudo vai e caminha para um sempre igual amanhã sem rotina, sem destino, sem conhecidos.
...e ninguém mais me é desconhecido.
Todos me são familiares e sorriem como se reconhecessem meu rosto e sentissem falta de minha presença. Eu sempre estive aqui.
Somos todos figurantes dessa mesma história. E essa sim é o personagem.
Eu tenho uma coisa muito minha, muito comigo que me obriga a, de tempos em tempos, mudar.
Gostei dessa nova invenção.
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