06 agosto 2013

A culpa é de quem? (( quase 4 meses ))

Uma inesgotável sensação de culpa se coloca entre mim e a visão de mundo todos os dias.
Como seria se livrar da culpa?


Culpa por não falar mais com aquele amigo que eu adoro, por não pagar contas em dia, por beber quando não deveria, por não participar de festas de família. A lista é interminável.

Prefiro diariamente me sentir culpada a aceitar que, no grande esquema do Universo, não sou só eu quem comanda o show.

Resolvi, portanto, não aceitar mais culpa ou crédito. Devo tudo ao acaso.
Segundo especialistas, em probabilidades, a chance de algo acontecer em certo tempo é astronômica.

Minha presença aqui, agora, é uma fortuna inesperada, uma aposta, um acidente fortuito.

Surpresas à parte, agradeço de verdade a meus amigos. Esses sim são os guardiões da minha identidade.
Quando eles respondem minhas mensagens, ou retornam minhas ligações, provam que minha existência não é pura imaginação.

Sendo assim, nada como saborear a passagem do tempo. É um sofrimento tão doce.

Desfrutar o momento - aproveitar o dia - e depois deixar que ele se vá.

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