É impressionante o quanto me sinto realizada depois de correr alguns kilometros, ainda que na esteira da academia.
E também é impressionante o esforço que faço para fazer musculação pelo menos uma vez na semana.
Talvez porque corra não para perder calorias ou por estética, mas sim por me sentir poderosa quando acabo.
Quando termina a musculação apenas penso: ok, missão cumprida, estou livre disso por hora.
Acho que vou ser daquelas velhinhas que correm até o final da vida.
Me imagino, magrinha como meu pai, correndo pra sempre em maratonas diversas.
Porque agora foi estabelecido na família: tenho o biotipo de meu pai.
Meu pai também é o tipo maratonista, às vezes só pára quando desmaia. Porém, já colocamos fim nessa folia do velho.
Voltando a falar sobre a genética paterna, agora até ele assume nossa semelhança.
Semana passada estive em Porto Alegre e questionei: "Mas pai, tu sempre me achou parecida com a mãe!"
E ele se jstificava: "Mas tu mudou, mudou muito!"
A verdade é que minha cor, principalmente no verão, entrega que sou filha do Seu Eduardo. E daí, meus caros, não há dúvida.
Acontece que meu pai, depois da idade avançada, se tornou um tanto quanto revelador de seus sentimentos e achismos. Outro dia ele deixou escapar um "eu te amo", isso sem que eu tivesse o incitado.
Então, com aquele jeito tímido, que só os que tem a arte da fala e da escrita conseguem ter, ele confessou: "Na verdade, sempre te achei parecida comigo, mas achava que tu era bonita demais pra se parecer com esse velho pai. E tua mãe sempre foi tão linda..."
Enquanto sorria e aceitava aquela nova revelação do meu pai lembrava de uma outra história sobre um cara fantástico que conheci e que tinha medo que seu filho fosse parecido com ele...bom, mas essa história vou deixar pra próxima porque já cumpri minha malhação do dia.
Ufa!
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