Vinha, por fim, o outono certo: o ar tornava-se frio de vento; soavam folhas num tom seco, ainda que não fossem folhas secas; toda a terra tomava a cor e a forma impalpável.
Descoloria-se o que fora sorriso úlitimo, num cansaço de pálpebras, numa indiferença de gestos.
E assim tudo quanto sente, ou supomos que sente, apertava, íntima, ao peito a sua própria despedida.
Um som de redemoinho num pátio flutuava através da nossa consciência de outra coisa qualquer.
Como se fizesse bem convalescer para sentir verdadeiramente a vida.
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