Afinal, o termo kitsch é de origem alemã.
O filme se passa em Hamburgo e sua cozinha está mais para Kitsch do que para Kitchen.
Eu tentei o filme inteiro não torcer para que as coisas dessem certo, porque esses nem sempre são os filmes mais bacanas, mas eu falhei.
Eu queria que se pelo menos as coisas não dessem certo, o amor vencesse, ou então, todo mundo transasse no final, numa bela suruba coletiva (redundante assim), resultado do tempero da árvore dos índios.
Soul Kitchen é humano. Trata-se de uma geração falida e - para desespero de muitos endirenhados que se esforçam ao máximo para serem modernos - cool.
Eu, que muito já penei em São Paulo, entendo e conheço muitos deles.
Essas pessoas não moram, invadem. Não compram, tomam.
Não pagam impostos e não aceitam que um emergente idiota invente que gazpacho possa ser servido quente.
Acontece que quando eles decidem fazer alguma coisa, essa coisa é simplesmente cool.
Talvez por não terem a intenção.
Talvez por eles não se importarem com os outros, ou com o que pensa a grande maioria.
E, principalmente, por eles não fazerem a menor questão de ser cool.
Gosto de Soul Kitchen.
Especialmente porque quando o filme acaba eu tenho a certeza de que tudo pode dar errado de novo.
E mesmo assim a história, como seus personagens, não abandonarão seu ar interessante.
2 comentários:
hey, por isso somos amigos e moramos juntos.
beijos
putz queria muito ver esse filme. só passa em pré-estréia de horário bizarro aqui no rio. gosto muito do akin. abs
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